Microsoft Cloud Solution Architect - MVP Alumni Security + CDM, MCT, Cybersecurity Expert, Security+, (isc)2 Cybersecurity Certified, Azure Solution Expert
MVP Logo

Últimos posts

Categorias

Tags

Migração do Windows XP–Vale a pena esperar o Windows 8?

Uma discussão que tenho frequentemente com clientes e com outros profissionais de TI é quando iniciar a migração corporativa do Windows XP SP3. No MVP Summit que terminou a semana passada o grupo de Windows IT-Pro discutiu muito este assunto.

Alguns fatores e questões sempre surgem e são importantes de ser destacados para devagarmos nesse assunto:

  1. O Windows XP Service Pack 3 termina o suporte em 8 de Abril de 2014
  2. Alguns questionam que vale a pena esperar o lançamento do Windows 8, atualmente em Consumer Preview equivalente ao Beta
  3. Outros questionam que ainda há muito tempo, são 2 anos até o final do suporte
  4. Por fim, os mais inocentes acreditam que é uma tarefa simples e irão fazer no devido tempo

Vamos conversar sobre cada um destes pontos e tirar uma conclusão?

Término do suporte ao Windows XP em 8/4/2014

Apesar do suporte oficial terminar daqui a 2 anos não quer dizer que tudo será atualizado. Novas versões de produtos não terão suporte em breve, por exemplo, uma nova versão de Office ou algum aplicativo como um novo navegador.

O maior impacto já é sentido atualmente na questão dos drivers, máquinas novas não possuem mais drivers para Windows XP por parte dos fabricantes de componentes. Não me refiro apenas aos fabricantes de computadores, mas também aos fabricantes de drivers para placas de video, impressoras e outros. Como exemplo, um recente lançamento de impressoras wireless só são suportadas no Windows 7 e o mesmo vale para as placas de video e jogos recentes baseados em 3D.

Conclusão: A garantia de que a Microsoft ainda irá dar suporte ao XP não quer dizer que não tenhamos outros itens que já estejam sendo descartados o desenvolvimento de aplicações e, principalmente, drivers.

Esperar o Windows 8

Vamos supor que o lançamento do Windows 8 seja em Janeiro de 2013, destacando que é uma suposição.

Veja o exemplo de projeto iniciando em Janeiro de 2013 e o prazo que teriamos para mgrar 1000 maquinas levando em conta fazer 10 maquinas por dia, que é um numero razoavel levando em conta o trabalho de migração dos perfis e aplicações:

Timeline Migração 1000 maquinas-2013

Sendo assim terminariamos a migração em Julho, mas coloque alguns fatores importantes que precisam ser levados em conta:

  • Mesmo que o Windows 8 fosse lançado hoje, ele demoraria algumas semanas para ficar disponivel a venda e contratos sendo fechados
  • O trabalho de migração será muito mais complicado pois logo após o lançamento poucos fabricantes de software já avaliaram os sistemas, o que não ocorre com grandes como Adobe mas acontecerá com certeza com os menores
  • Estamos supondo fazer 10 maquinas por dia, o que fazemos com o Windows 7 hoje facilmente, mas com o Windows 8 podemos não conseguir a mesma taxa de migração
  • A migração do Windows 7 é amplamente documentada e conhecida, portanto fácil de se obter suporte. Por exemplo, o portal de migração do Springboard é completo e com versão em portugês http://technet.microsoft.com/en-us/windows/dd641427
  • A nova interface irá exigir adaptação da parte do usuário e a migração pode ser um fiasco, já o Windows 7 é consolidado e conhecido dos usuários
  • O marco do “Service Pack 1” pode não ser uma realidade tecnicamente, afinal um fabricante não faz um SO cheio de problemas para depois corrigir, porem as empresas pensam assim e não adianta querer discutir

Conclusão: Os recursos que o Windows 7 possui são muito similares aos do Windows 8 e a migração futura pode ser feita por contrato SA (Software Assurance) com migração muito mais transparente no futuro do WIndows 7 para o Windows 8, ou quem sabe até lá já o Windows “9”  ;)

Ainda temos 2 anos pela frente

No diagrama acima simulamos a situação caso a migração fosse realizada iniciando em Janeiro de 2013, o que nos daria cerca de 8 meses de folga.

Porem existem problemas muito sérios na migração que é relativo a compatibilidade de aplicações que não se dão bem com o UAC (User Account Control).

Nos trabalhos que faço de estudo de migração, chamados de Assessments, me deparo com problemas muito sérios com aplicações que só executam em modo administrador e a complexidade para resolver isso é um fator importante, levando em conta que um dos objetivos das empresas é acabar com o administrador local.

Outro problema muito comum são ActiveX não assinados utilizados em muitas aplicações da época do saudoso ActiveX Document qu ese criava com o Visual Basic 6 ou mesmo com aplicações Click Once do .NET, já que no Windows 7 não é possivel executar componentes ActiveX não assinados sem ter que deixá-lo mais inseguro do que o XP.

Pensando nisso e olhando novamente o projeto acima, será que um mês será o suficiente para resolver os problemas de compatibilidade?   Cuidado, em muitos casos a unica solução é redesenhar o software !!!!

Não precisamos nem dizer que o hardware também é importante, pois saimos de um requisito de 512 MB do Windows XP para o de 1 GB no Windows 7, levando em conta um desenpenho apenas aceitável. Nenhuma empresa aceitará atualizar o parque de maquinas em apenas poucos meses.

Conclusão: Não temos como saber quanto tempo ainda teremos depois que iniciar a fase de testes, o cronograma pode ser fácil na migração, mas a fase inicial de compatibilidade e atualização de hardware pode ser o maior problema.

Migrar é fácil, faço quando chegar a hora

No inicio da minha carreira profissional, a 22 anos (estou ficando velho hehehe), era otimista. Sempre dizia “isso é fácil” ou outras frases assim, mas a verdade é que nos ultimos anos não posso mais falar assim. Os parques de maquinas cresceram muito da época em que eu gerenciava rede com 100-500 computadores com programas em Clipper e Visual FoxPro.

A diversidade de aplicações e a web tornaram nossos ambientes muito complexos e o numero de estações que uma empresa possui é 3 vezes maior que a 10 anos atrás.

Como profissionais de TI a nossa função é fazer o ambiente funcionar sem dor (no pain) e para isso não temos espaço para otimismo inconsequente e, infelizmente muitas vezes irresponsável.

Conclusão: Comece cedo para não ter que correr depois e ver o prazo escoando pelas mãos.

Recomendação Final

Depois desta discussão que tal iniciar rapidamente o processo?

Segue o mesmo projeto apresentado anteriormente iniciando hoje:

Timeline Migração 1000 maquinas

Terminariamos a migração 1 ano e meio antes do prazo, já com visibilidade do Windows 8 lançado (espero) e com tempo suficiente para lidar com algum desvio ou dificuldade. E assim que lançar o Service Pack 1 para o Windows 8 você poderá começar o processo de atualização sem trauma.

A previsão do mercado é que no meio do ano que vem haverá um movimento desesperado de migração, principalmente em paises como o Brasil que deixa tudo para a última hora. Evite cair na migração nesta época, pois o custo poderá dobrar.

Alguma coisa a acrescentar?  Deixe seu comentário.

Posted: mar 07 2012, 18:16 by msincic | Comentários (1) RSS comment feed |
  • Currently 0/5 Stars.
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
Filed under: Windows 8

Aberto o Periodo de Renovação/Aprovação de MCT 2012

No dia 1º de março abriu o processo de renovação e pedidos de credenciamento para MCT 2012 (Microsoft Certified Trainer).

Eu estava em Seattle na ocasião participando do MVP Summit mas assim que voltei ao Brasil processei a renovação. Este ano completo 12 anos como MCT. Passei pelos principais centros de treinamento desde 2000 iniciando pela FastTraining, passando pela Brás & Figueiredo, Itautec, KA Solution e até dezembro de 2010 na Green Treinamento.

Para quem ainda não é MCT, vale a pena?   Como fazer?

REQUISITOS

Para ser um MCT é necessário ter uma das certificações Premier, ou seja, MCITP para IT Pros e DBAs ou MCPD para desenvolvedores. Existem algumas poucas certificações que não precisam ter o MCITP/MCPD como por exemplo, o MCTS de Project.

Para ministrar treinamentos o MCT precisa ter o exame relativo ao curso, por exemplo, o MCITP: SQL Admin não pode ministrar treinamentos de SSRS e SSAS, e o MCITP: BI não pode ministrar os treinamentos de administração e performance. Ao se habilitar como MCT no seu MCP transcript virá uma lista dos cursos que você poderá ministrar.

QUANTO CUSTA (FEE)

Essa é a melhor parte, no Brasil são U$ 50 se não tem vinculo com um CPLS ou U$ 37,50 se você está vinculado a um CPLS.

PROCESSO

O processo eletrônico é simples, basta entrar no site de MCP (restrito) e preencher um cadastro na ferramenta “MCT Enrollment”.

Porem, para conseguir a primeira vez é necessário ter uma carta emitida por outro MCT ou um CPLS indicando que assistiu um curso ou o monitorou e que comprove que tem os requisitos e didática necessários. Alguns CPLSs tem cursos para habilitar, como a Green e a New Horizons.

BENEFÍCIOS

O melhor de todos é o acesso irrestrito a todo o material didático da Microsoft. Não apenas na sua linha de produtos, mas todos mesmo. O MCT pode baixar e estudar os MOCs alem de também ter acesso ao download das VMs usadas nos cursos.

Outro beneficio importantíssimo é uma assinatura gratuita full do TechNet (http://bit.ly/gLkiJc), alem de outros produtos de parceiros, como o Camtasia e ferramentas de monitoração.

Quanto a dividir conhecimento, isto é um prazer. Apesar de não estar mais dedicado como instrutor full time, gravar treinamentos e disseminar conhecimento em palestras e artigos sempre será meu principal hobby e considero como uma obrigação sendo um MCT!

CONCLUSÃO

Está esperando o que?   Faça logo a sua certificação MCITP ou MCPD e entre em contato com um CPLS para se habilitar e disseminar seu conhecimento !!!!!!

Posted: mar 07 2012, 16:31 by msincic | Comentários (8) RSS comment feed |
  • Currently 0/5 Stars.
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
Filed under: Certificação

System Center Virtual Machine Manager 2012 no MVA

Hoje foi disponibilizado no Microsoft Virtual Academy o treinamento de introdução ao VMM 2012 que atualmente está em versão RC (Release Candidate).

Tive o prazer de ser convidado a gravar o conteudo que é muito bom pois os ppts são traduzidos a partir dos utilizados em apresentações no TechEd USA de 2011, com toda a parte teórica de nuvem privada e hibrida e os novos recursos integrados do VMM 2012.

A série é formada por 3 videos de 40 minutos, documentação e um exame para auto avaliação.

Segue o link http://www.microsoftvirtualacademy.com/tracks/introdu-o-ao-system-center-virtual-machine-manager-2012

image

Login
Marcelo Sincic | Microsoft Sentinel
Microsoft Cloud Solution Architect - MVP Alumni Security + CDM, MCT, Cybersecurity Expert, Security+, (isc)2 Cybersecurity Certified, Azure Solution Expert
MVP Logo

Últimos posts

Categorias

Tags

Utilizando os IoCs do Microsoft Defender Threat Intelligence no Sentinel

A alguns anos que a Microsoft adquiriu a RiskIQ e lançou recentemente o Microsoft Defender for Threat Intel (MDTI).

O que é o MDTI?

Já tratei algumas vezes sobre IoCs, ou indicadores de comprometimento em inglês, e como eles podem ser integrados como o caso do VirusTotal (Marcelo Sincic | Enriquecendo o Sentinel com dados do Virus Total).

Nesse post vamos falar da solução do MDTI e como integrar a base dele ao Senitnel e utilizar para hunting e análise de incidentes e alertas em seu ambiente.

Primeiramente é importante saber que o serviço MDTI é pago por usuário em um modelo de licenciamento por contrato, mas a base de dados pode ser importada para o Sentinel por meio de um conector.

Conectando o Sentinel a base do MDTI

Para isso você precisará instalar a solução Microsoft Defender for Threat Intel no Sentinel a paritr do Content Hub e depois configurar o Data Connector como abaixo:

8

Uma vez configurado será feita a ingestão diária os dados do MDTI para a base Threat Intelligence do Sentinel:

7

Importante lembrar que os IoCs ingeridos do MDTI irão se somar aos IoCs customizados ou importados de outras bases que você tenha configurado.

Configurando as integrações de Log com TIs

Ao instalar a solução e fazer a configuração do conector de dados, o passo seguinte é configurar e instalar as regras de cruzamento de dados utilizando o Analytics do Sentinel.

São varias regras diferentes que você poderá utilizar que já estão prontas:

9

Estas regras são compostas de consultas KQL que analisar um alerta e incidente para cruzar co ma base de IoCs importadas, resultando em um enriquecimento de dados ao validar que um determinado IP ou URL maliciosa foi acessada ou tentou acessar seu ambiente.

Claro que isso pode ser feito manualmente, bastaria rodar uma query KQL manual ou customizada no Sentinel em hunting queries para cruzar IPs e URLs com os diferentes logs do Sentinel existentes. Um exemplo disso foi um recente cliente onde discutimos o cruzamento do log do Umbrella DNS com o MDTI para detectar sites maliciosos acessados pelos usuários.

Visualizando os incidentes com os dados do MDTI

Agora vem a parte prática. Tudo configurado você terá alertas e incidentes novos em seu ambiente:

6

Vamos abrir os detalhes do primeiro e ver o IP que indica um ataque potencial:

1

Uma vez que no proprio incidente já sei que o IP é considerado suspeito, podemos investigar os detalhes importados na base para visualizar os detalhes:

5

E por fim, vou utilizar a interface do MDTI para consultar os dados do IP, lembrando que neste caso preciso ter uma licença de MDTI para ver os detalhes:

3

Vamos agora fazer o mesmo processo com o segundo incidente de exemplo que tenho na minha lista e abrir os detalhes no MDTI:

2

4

Conclusão

O serviço Microsoft Defender for Threat Intel (MDTI) irá ajudá-lo a detectar diversas formas de ataques vindas de ofensores e grupos profissionais ou previamente identificados.

Alem disso, sua base é rica em detalhes do tipo de ataque, alvos e grupos que atuam com aquele IoC especifico que foi utilizado para tentar acesso ao seu ambiente.

Enriquecendo o Sentinel com dados do Virus Total

Apresentando o Virus Total

O site Virus Total é um serviço muito conhecido do time de cibersegurança por permitir acompanhar diversos IoCs (Indicators of Compromissed) como hash de arquivo, IP, dominio ou URL baseado em uma pesquisa simples.
O Virus Total tem uma modalidade de assinatura onde é gratuita e possui limites para consultas, a fim de evitar o uso por bots ou sistemas de terceiros.
Veja abaixo os detalhes e note que temos aqui nossa API Key mesmo sendo uma conta gratuita:

Solution no Sentinel

Já que temos a possibilidade de integrar os dados do Virus Total com os alertas e incidentes do Sentinel, a primeira ação é instalarmos a Solution:

Ao instalar a solução verá na tela de informações a esquerda que inclui 9 playbooks que irão colher os dados do incidente, alerta, domínio ou arquivo para buscar e correlacionar os dados do Sentinel com o Virus Total.
O passo seguinte é clicar em Automation --> Playbook templates e instalar os playbooks, para isso poderá filtrar pela palavra "virus total" e usar o botão Create Template para abrir a janela de instalação do playbook em seu ambiente:


Nesta tela verá que não é necessário ainda conectar seu API Key nem o Log Analytics, isso será feito após o deploy quando ele abrir a tela de design do Logic Apps:


Note que ao abrir as tarefas e sequencia do Logic Apps verá que a conexão do Virus Total e do LogAnalytics estarão com o simbolo de aviso e o botão salvar não irá funcionar até que arrume as conexões.
Para isso a primeira vez será necessáiro clicar em API Connections e informar os dados tanto do Virus Total quanto do Log Analaytics que será utilizado. Abaixo o exemplo de conexão com a Virus Total:


Nos próximos conectores você não precisará mais configurar as conexões, pois ele irá permitir utilizar a conexão já configurada nos playbooks anteriores, como a imagem abaixo:


Lembre-se que precisará conectar tanto a API do Virus Total quanto do Log Analytics (workspace ID e Key).
Uma vez configurado, agora você depois de abrir todas as tarefas e indicar as conexões poderá salvar o Logic Apps e verá que ele irá aparecer na tab Active playbooks:

Criando a Automação

Agora que já importamos a solução e criamos os playbooks que desejamos usar, o passo seguinte é criar a regra para executá-lo, chamada de Automation Rule.
Para isso clique no botão Create --> Automation Rule e indique o nome da regra e o disparador (trigger) que pode ser um incidente novo, alterado ou um novo alerta.
Ao escolher o tipo de disparador utilize como ação Run Playbook para escolher um dos que criamos no passo anterior: