Purview Insider Risk Management (IRM) Agora Integrado com ENTRA Conditional Access

Uma novidade bem interessante anunciada em preview a poucos dias é a integração do resultado do Purview IRM com o acesso condicional do ENTRA.

Relembrando o que é o Insider Risk Management

O Purview IRM é um recurso do Defender XDR para monitorar atividades na organização no nível individual e corporativo.

Ele permite comparar o comportamento de um usuário em relação ao seu proprio comportamento tradicional ou ao comportamento da corporação como um todo e detectar anomalias. Por exemplo ele é capaz de detectar quando um funcionário enviou uma quantidade de emails ou copiou arquivos em uma curva diferente do que ele costuma fazer no dia a dia. Esse comportamento indica que o usuário está exfiltrando dados, seja interno ou externo.

Para os que não o conhecem, tratei desde recurso no Ignite After Party de 2022 (Marcelo Sincic | Evitando vazamento de dados com o Microsoft Purview).

Integrando com o Acesso Condicional

Neste preview agora podemos usar as métricas do IRM para detectar e bloquear um usuário que esteja tendo comportamento anormal.

Esse novo recurso irá evitar dinamicamente duas situações de risco:

  1. Um usuário que está vazando ou copiando dados continue se logando nos sistemas e serviços como OneDrive, SharePoint e outros será bloqueado após seu nivel de alerta alcançar o que você determinar
  2. Um hacker ou ator malicioso está copiando os dados para outro local se passando por um usuário legitimo que pode ter tido credenciais roubadas

A configuração dessa integraçao é muito simples, indique essa nova condição de acesso e o nivel desejado de sensibilidade:

Conclusão

Agora você poderá ter uma ação automatica e reativa quando houver a detecção de anomilia no comportamento de um usuario no IRM.

Referencia técnica: Help dynamically mitigate risks with adaptive protection (preview) | Microsoft Learn

AttackIQ Flex - Usando e Avaliando sua Segurança

Sempre procuramos e nos preocupamos em saber se estamos realmente protegidos contra os ataques mais comuns e sofisticados.

A MITRE possui uma ferramenta bem interessante com kits de ataque que é o AttackIQ Flex disponivel em https://www.attackiq.com/

O que é o AttackIQ Flex

Um conjunto de ferramentas para simular ataques com diversas simulações de ataques separadas por grupos, onde poderá seguir as instruções.

Os pacotes de teste são separados entre os que são gratuitos e os pagos com créditos que podem ser adquiridos na propria ferramenta.

É importante essas ferramentas já que a Microsoft não tem mais o recurso de Simulador de Ataques nativo na suite (Microsoft Defender for Endpoint evaluation lab | Microsoft Learn)

Exemplo: Pacote de teste de EDR

Ao baixar o pacote de EDR basta executar o conteudo e 27 diferentes ataques serão simulados como CryptoInject, Petya, WannaCrypt, Diamond e outros.

Execute o script que irá executar passo a passo cada um dos 27 ataques simulados. Lembrando que são simuladores que não encriptam ou realmente efetivam o ataque, mas sim geram os sinais que os EDRs deveriam nativamente identificar para evitar que o ataque seja efetivado:

Instantaneamente o EDR deverá alertar o usuário que os ataques foram bloqueados, arquivos enviados para quarentena ou reportados:

Uma vez finalizado será gerado um arquivo zip com o resultado do teste, que deverá ser feito upload no site do AttackIQ Flex que irá gerar um report executivo bem detalhado:

Resultado da Proteção do Defender for Endpoint EDR

E como o Defender for Endpoint, a solução EDR da Microsoft, se saiu no testes?

MUITO BEM OBRIGADO!!!!!

Ele detectou todos os 27 ataques com nota 100%, gerou os alertas e um unico incidente agregado para a estação atacada na simulação e a integração com Sentinel detalhou as ações.

Como comentado o Defender conseguiu identificar que o ponto de ataque sofreu uma sequencia de ataques e gerou os 27 alertas e um único incidente:

E como tenho meu ambiente integrado, o Sentinel recebeu todos os alertas para serem tratados pelo SOC com detalhes das entidades envolvidas para tomada de decisões:

Conclusão

O Defender for Endpoint se saiu muito bem, como é esperado.

O kit de ferramentas da AttackIQ Flex se mostrou eficiente e abrangente com um catálogo extenso em categorias e diferentes simuladores.

Utilizando Tarefas no Sentinel e Criando Automação

Disponivel em preview pelo progama CCP a alguns meses e agora disponivel para todos os usuarios (GA), o recurso de Tasks no Sentinel é um recuros muito importante e esperado (Use tasks to manage incidents in Microsoft Sentinel | Microsoft Learn).

Porque é um recurso importante

Já havia sido introduzido no sentinel a algum tempo o recurso de comentários, mas ele não permitia um controle do que precisaria ser realizado em uma sequencia e servia para cada operador ou analista informar o que foi realizado ou descoberto.

O recurso de tasks permite que os analistas e operadores de SOC indiquem uma sequencia, passos bem definidos e estejam claramente identificados.

A tela abaixo demonstra bem como esse é simples e útil. 

Veja que já tenho uma tarefa padrão via automação que abordarei mais tarde, mas já criei uma tarefa de exemplo e a adição de tasks é simples permitindo edição com bullets ou listas numeradas.

As tarefas não permitem a atribuição a terceiros, já que o analista responsavel pela triagem irá direcionar o incidente a outro operador ou analista especialista que irá liderar a investigação.

Automatizando Tasks

No exemplo que utilizei veja que a primeira tarefa foi criada pela automação que inclui o nome do responsavel e cria uma tarefa basica apenas como exemplo.

Isso é feito no Sentinel em Automações (Automation) com todos os incidentes que são gerados no meu ambiente de demonstração:

O meu fluxo de automação inclui uma tarefa que foi a vista anteriormente na interface dos incidentes. Eu posso criar quantas tarefas precisar com o botão "Add action" que fica logo abaixo e assim deixar os incidentes sempre com a lista basica de ações para um incidente.

Pergunta tipica: Mas cada incidente tem tarefas padronizadas, por exemplo DLP validar o conteudo e o owner da informação conforme a politica ABC e assim por diante.

Resposta: No meu exemplo não utilizo filtros, mas você poderá utilizar a condição "Analytic rule name" para indicar quais tipos de incidentes o fluxo de automação se aplicará e assim incluir as tarefas expecificas de determinado incidente. No meu ambiente tenho uma automação padrão que é a acima e uma outra automação para regras analiticas especificas como indicadores de IOC onde insiro tasks quando aquele incidente acontece.

Conclusão

Com este recurso agora é possivel ter uma clara indicação de como tratar o incidente de forma organizada e validar visualmente os passos já efetuados e o que está pendente. 

Isso irá ajudar muito na resolução e acompanhamento dos incidentes, principalmente aqueles que demoram um tempo consideravel ou tem uma série de tarefas concomitantes ao longo da analise.